O solar “Casa do Santo” foi construído no século XVIII na pitoresca aldeia histórica de Provesende, Sabrosa.
As armas desta Casa foram concedidas por carta de brasão de D. Maria I em 6 de maio de 1786, tornando-o verdadeiramente único. Joaquim Pinheiro de Azevedo Leite Pereira (Provesende, 9 de fevereiro de 1829 — 17 de janeiro de 1918), 10º Senhor da Casa do Santo (trisavô dos atuais proprietários), ficou conhecido como “Salvador do Douro” por ter combatido a praga da filoxera que, no século XIX, praticamente destruiu as vinhas no Douro. A filoxera, um inseto originário da América do Norte, apareceu pela primeira vez em Portugal, mais precisamente no concelho de Sabrosa, em 1863. Foi Joaquim Pinheiro de Azevedo Leite Pereira, um dos maiores proprietários da região e residente neste solar, quem deu início ao combate da praga que assolou a mais antiga região demarcada do mundo: o Douro.
Portugal, juntamente com a França, foi um dos primeiros países onde a praga se fez notar na Europa. Com o seu rápido alastrar, num período de cerca de 20 anos, a maior parte dos vinhedos foram dizimados e a maioria dos viticultores entrou em ruína.
Joaquim Pinheiro de Azevedo Leite Pereira estudou o efeito de resistência da enxertia das castas portuguesas em castas americanas e introduziu a nova técnica nas vinhas do Douro e do resto do País. Foi através deste processo que foi recuperada a produção vitícola portuguesa. Este célebre viticultor criou ainda uma escola em Provesende, onde ensinava viticultura e fazia a formação de enxertadores, os quais percorreram a região ensinando as novas técnicas que permitiram combater a filoxera.
O Vale do Douro também podia ser chamado de vale encantado, tal a beleza e encantamento que as suas paisagens oferecem.
Com partida do Porto, onde o rio desagua e onde desaguam também os vinhos do Douro (de mesa) e do Porto (vinho generoso) produzidos nas suas encostas, podemos conhecer de várias maneiras esta Paisagem Cultural, classificada Património Mundial pela UNESCO, em 2001: por estrada, de comboio, num barco de cruzeiro, ou até de helicóptero. Nenhuma delas nos vai deixar indiferentes.